quinta-feira, 16 de julho de 2020



Em pé parado, à beira do convés
Na embarcação cuja expressão chama teu corpo
Maresia branda da bruma que turva visão
E me atira ao revolto mar dos teus cabelos
Aprisionado estou no teu canto de sereia
Cujo lamento são ondas de choque das batidas dos teus quadris
Nos meus
Elas reverberam em nós. Além de nós.
Ancorados em torpe feitiçaria
Te devolvo o mergulho em apneia....
A falta de ar é bem-vinda.
Tua mão pesando no meu coração também.

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